12 Motivos para usar as Neurociências em Sala de Aula




Atualmente muitos se perguntam como as Neurociências e a Neuropedagogia podem ajudar o professor e a escola tornar a aprendizagem do aluno mais interessante e de forma mais eficaz? Pensando nesta questão, elaborei uma lista com 12 fatores que podem ser apontados como sendo principais para a aproximação das Neurociências da Educação. Veja a seguir: 





1º Memória: 
 Através de estudos, as neurociências comprovaram que sem repetição a memorização não acontece, a rememoração falha, perde-se a informação, o tempo e a motivação. A quantidade de repetição vai depender da emoção envolvida na passagem da informação. Quanto mais emoção maior a chance da informação ficar cravada na memória dos seus alunos. Assim, utilizar-se de atividades repetitivas de forma prazerosas como jogos e brincadeiras facilita a memorização dos conteúdos didáticos. 

2º Estímulos Multi-sensoriais: 
Pesquisas recentes mostram que o aprendizado será mais eficaz e a recordação da informação mais fácil se mais sentidos forem estimulados. 

3º Recompensas e motivação: 
A necessidade de uma recompensa imediata é característica das gerações atuais. Recompensas externas podem ser preocupantes no ambiente escolar, mas a criatividade do professor pode encontrar formas de recompensar o aluno em sala de aula de forma a motivá-lo nas atividades e conquistar sua atenção. Algo como dedicar um intervalo da aula para piadas, canções, jingles, se a atenção e participação de todos foi adequada no momento combinado. 

4º Conhecimento prévio: 
Dificilmente vai haver aprendizagem se a informação nova não está contextualizada e conectada a conhecimentos que já existem no cérebro da criança.

5º Do concreto para o abstrato: 
O lobo frontal, sede do nosso pensamento abstrato, demora mais a se desenvolver, como vimos aqui isso se estende até a segunda década de vida. Dessa forma, parta de exemplos concretos para atingir ideações abstratas. 

6º Práticas: 
Quando uma informação é colocada em prática ela se torna patente em nosso cérebro. Mas certifique-se de que na prática a criança realmente entendeu, ela deve ser capaz de falar e escrever sobre um conceito que praticou.

7º Estórias ou histórias: 
 Elas ativam muitas áreas cerebrais, mexem conosco, com nossas emoções, memórias e ideias. Elas têm início, meio e fim, o que também estimula o desenvolvimento de habilidades de sequenciação e organização (córtex pré-frontal).

8º Computadores e outras tecnologias:
Muitos sentidos são estimulados quando os estudantes trabalham em grupos fazendo pesquisas no computador. O trabalho é bastante visual, auditivo e cinestésico, além de estimular habilidades sociais. 

9º O cérebro procura por padrões:
A informação é guardada em nosso cérebro através de padrões de reconhecimento. Daniel Pink (2005) ressalta que a era atual requer uma forma de pensar que inclua a capacidade de detectar padrões e criar algo novo. É fundamental que o Educador apresente a nova informação, auxilie o aluno a identificar o padrão, associar esse padrão a padrões já armazenados por ele em seu cérebro e aí seja capaz de criar novos padrões. Dois métodos principais funcionam muito bem para isso, um é o uso de organizadores gráficos como mapas mentais e diagramas de Venn, outro é através da organização da informação em blocos lógicos e contextualizados.

10º O estresse inibe a aprendizagem: 
Numerosas evidências apontam para isso, sobretudo os efeitos do cortisol (hormônio do estresse) provocando a morte de neurônios no hipocampo (área da memória de longo prazo). Nesse sentido ofereça um ambiente de ensino seguro, confortável e acolhedor. Estabeleça rotinas, regras, objetivos e procedimentos padrão. Os rituais de sala de aula podem contribuir para reduzir o estresse. 

11º O cérebro é um órgão social: 
A interação e desenvolvimento de habilidades sociais são fundamentais no processo de aprendizagem. Nossas crianças da era digital encontram-se talvez mais aptas a se relacionar através de um teclado do que com a fala, o olhar e o toque. É importante para elas desenvolver a linguagem não verbal, reconhecer sentimentos através da face e dos gestos, interagir com diferentes grupos sociais, aprender a escutar, expressar suas emoções e ser empática. 

12º Arte e atividade física melhoram o desempenho intelectual: 
Explore essas atividades o mais que puder. Contrabalance tecnologia e criatividade, utilize música e muito, muito visual! 


Fonte: Aprender Criança www.aprendecriança.com.br

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